LILITH

O lado oculto que existe em cada um de nós! A libertação da alma. A afronta com os padrões prescritos.

terça-feira, dezembro 20, 2011

Ensaios

Faz muito tempo que não escrevo, os ultimos ensaios foram poesias que postei em outro blog meu. Mas estou sentindo necessidade de voltar a escrever. De "botar para fora" as coisas que estão dentro de mim, o que penso, o que sinto, o que reflito.
Estou vendo agora o filme comer, rezar e amar. Já tinha visto uma parte desse filme outro dia, agora quero ver o final. O amar, foi justamente esta parte que perdi. O que acontece? Vou descobrir em alguns minutos.
Dolce far niente: O prazer de fazer nada.
Eu quero fazer tanta coisa, sempre quiz mas nao me movo muito para isso. Creio pela insegurança de não dar certo, de me arrepender. Ainda tenho muito disso. Me arrisco muito pouco. Acho que tenho medo das mudanças, como no filme. Uma mudança da qual eu possa ou não me arrepender, que eu saiba ou não lidar. E mesmo com medo sempre sofri muitas mudanças em minha vida e de forma brusca, inesperada e me adaptei, não foi tão ruim assim. Não é um se adaptar totalmente mas sim saber lidar com o que mudou e saber viver assim.
As vezes penso que tenho uma necessidade de mudanças constantes, mesmo que pequenas, para me sentir viva. E antes de cada momento desses passo por periodo de grande angústia e incertezas.
Quando tinha 15 anos ganhei de presente de minha tia Lourdes um mapa astral, tantas coisas haver comigo, mas uma em especial que nunca se concretizou: uma tendencia de viver no exterior, fora da cidade, do local que cresci (ao menos é assim que entendo). Hoje com 30 anos ainda estou aqui, no RJ ligada com tudo que passou em minha vida, trabalhando na universidade em que me formei, e o marido trabalhando na escola que que cursei meu segundo grau. Será que um dia isso se concretizará. Acho que para isso preciso de coragem e planos que nunca tive, que nunca almejei. Fico conformada aqui nessa vida cotidiana, filhos, emprego que me garante segurança... De tudo o que apenas tenho certeza é que sempre quis ter filhos. Mas nem sei se essa é a profissão que quero. Amo minha profissão, faço planos e tudo mas será que é isso, ou não é exatamente isso, mas algo parecido, interligado. Ou meu mapa astral está errado, esse exterior talvez signifique outra coisa. Não sei.
Ainda tenho muitas coisas que pensar, e tenho muitos planos para esse ano que se iniciará...2012.
Espero me organizar e concretizar....
Além da organização espero que as energias confluam para isso, pois várias energias confluiram para minha realidade hoje que é muito melhor que a de 1 ano atrás, em vários aspectos.

quinta-feira, junho 11, 2009

Saúde Pública

Das três narrativas apresentadas no capítulo “O nascimento da medicina social”, na obra “Microfísica do Poder” de Foucault (1979); a que mais me chamou a atenção, mediante a percepção que tenho, não de um ideal de saúde pública, mas de como esta saúde pública é gerenciada no cotidiano da realidade que experiencio, é a da medicina social inglesa ou medicina dos pobres, da força de trabalho. Segue, portanto, uma síntese do que “foi” esta medicina em sua origem.
A medicina social inglesa tem seu início na segunda metade do século XIX, foi essencialmente uma medicina de controle da saúde e do corpo das classes mais pobres para torná-las mais aptas ao trabalho e menos perigosas às classes mais ricas. Tem como precipitador o surgimento, no imaginário da classe burguesa, do pobre como um perigo sanitário. Isto se deve a três razões principais:

1º Razão política;
2º Criação de sistemas formais de trabalho que anteriormente eram exercidos pelos pobres e que agora os excluem;
3º A epidemia de cólera que centralizou na casse operária, plebéia os medos políticos e sanitários das classes ricas, levando à divisão do espaço urbano entre ricos e pobres.

Outro fato a se somar a estas razões é que foi na Inglaterra que o desenvolvimento industrial e em conseqüência, o crescimento do proletariado teve maior força, sendo o mais rápido e importante.
A partir desta preocupação com os pobres é criada a Lei dos Pobres que comportava uma assistência médica às classes proletárias, pobres, que, ao mesmo tempo em que assegurava sua saúde, controlava suas doenças, protegendo assim as classes ricas. A aplicação desta lei resultou na formação de um cordão sanitário entre os ricos e os pobres.
Esta lei foi posteriormente completada pelos sistemas de health service, de health officers, que tinham como funções:

- O controle da vacinação;
- A organização do registro das epidemias e de doenças propensas a se tornarem epidêmicas;
- e a localização de lugares insalubres e eventual destruição dos focos de insalubridade.

Estes sistemas tinham por objeto a população em geral, as medidas preventivas a serem tomadas, o espaço social, etc.
Uma conseqüência da criação destes sistemas foi o surgimento de resistências à medicalização, à medicina, desde as formas mais violentas, como algumas revoltas populares, às mais sutis, como se apoiar em crenças mais ou menos abandonadas em busca de uma cura.
Essa medicina, no entanto, possibilitou a coexistência de três sistemas médicos superpostos, o que não havia ocorrido até então. São eles:
- Medicina assistencial: destinada aos pobres.
- Medicina administrativa: vacinação, epidemias, etc.
- Medicina privada: destinada a quem pudesse pagar.



Na dinâmica social atual, brasileira e mais precisamente carioca, percebo exatamente esta divisão entre bairros ricos e bairros pobres, ou mesmo, dentro dos bairros ricos, a favela, como um local delimitado onde residem as classes sociais menos abastadas.
No campo da saúde pública há, mesmo que às vezes imperceptível essa divisão entre sistemas de assistência médica destinada aos “pobres”, uma medicina administrativa que se torna mais visível quando ressaltadas a Vigilância em Saúde e seus componentes, como a vigilância sanitária, epidemiológica e alimentar, e uma medicina privada que podemos atualmente caracterizar pela imensa proliferação dos planos privados de saúde.
Não que eu me oponha ao SUS ou que o perceba como essa medicina para os pobres, pois para mim o SUS previsto na lei 8.080 ainda está longe de se concretizar. Na verdade, percebo, em alguns pontos, cada vez mais nossa organização da saúde pública, na prática, se distanciar desse SUS, que algumas vezes me soa utópico.
O Sistema Único de Saúde promulgado pela referida lei, foi criado para atender a toda população, sendo por isto universal. Mas o que se vê na prática é um sistema que, apesar de amplo, não consegue penetrar entre todas as camadas sociais. E, nessa questão, como se pôde observar e debater durante as aulas iniciais de nossa especialização, muitos fatores estão envolvidos. Seria simplicidade falar que é por falta de qualidade, ou que porque, apesar de sua abrangência ser maior do que o sistema de saúde na época anterior à sua constituição, ainda esteja aquém do que a sociedade necessita.
Um fato paradoxal ocorrido foi a ampla adesão, de diversos setores do trabalho, ao plano de saúde privado, após a dissolução do INAMPS e dos serviços de saúde voltados especificamente para os servidores públicos, como o IASERJ no Estado do Rio, que passaram a integrar a rede de assistência do SUS. E isso se deu por reivindicação, em muitos casos, sindical, sendo esses mesmo sindicatos alguns dos atores sociais que participaram da luta pela concretização do SUS. Hoje até servidores públicos estão cobertos por planos de saúde privados subsidiados por seus contratadores, que no caso são os governos municipal, estadual e federal.
Na organização do sistema temos a vigilância sanitária, a vigilância epidemiológica e a vigilância alimentar como campos de ação importantes, tanto no planejamento de ações de saúde, como no controle da saúde da população, ainda como resquícios desse sistema de controle do corpo e da saúde visto na medicina social inglesa. Talvez esses sistemas sejam o que melhor funcionem dentro da ótica universal do SUS e os que abrangem a grande maioria da população, integrando tanto os indivíduos que acessam os serviços públicos quantos os que recorrem à medicina privada.
O plano de saúde privado, apesar da universalização proposta pelo SUS ganha força e no município do Rio de Janeiro cerca de 50% da população está filiada a esses planos. E dentro deles há uma hierarquização entre os que pouco podem pagar e aqueles que podem desembolsar uma média de R$500,00 por mês a cada vida contemplada pelo plano de saúde (Simulação feita no site da Unimed-Rio). E nessa hierarquização estão embutidas maior capacidade de escolha e maior exclusividade no atendimento para aqueles que mais podem pagar. O que vemos, então, é uma medicina privada que ganha força, muitas vezes até subsidiada pelo governo, numa lógica voltada mais para o mercado que para o compromisso com a sociedade.
A partir disso, não creio ser à toa que Foucault tenha afirmado o fato de, mesmo com o Plano Beveridge, que previa um sistema de proteção social universal a todos os cidadãos, e com os sistemas médicos dos países mais ricos e industrializados, “trata-se sempre de fazer funcionar esses três setores da medicina, mesmo que sejam articulados de maneiras diferentes”.


Referências:
Material e anotações das aulas do Bloco I da Especialização em Saúde Pública.
Foucault, Michel. O nascimento da medicina social. In: Microfísica do Poder. Rio de Janeiro, Graal 1979. pag 79-98.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

DESLIGUE A TV E VÁ LER UM LIVRO!!!!!

Esse recado serviu pra mim!!!
Antiga viciada em televisão e já enjoada com os programas inúteis da TV aberta. Venci minha falta de concertração e voltei à leitura, não só de livros mas tb de coisas que pego na net. Não só de ler mas de conversar mais com os outros sobre coisas diferentes, sair pra ir à praia, ao parque, dar uma simples caminhada, botar em ordem a bagunça acumulada da semana, namorar, enfim de tudo um pouco.

sábado, fevereiro 11, 2006

O tempo passa......

E todo o tempo passa
E passa todo o tempo
tempo que só existe em nós
Tempo que não é tempo
Apenas Consciência

Existimos no espaço
Existimos no tempo
Espaço de tempo
Tempo do espaço
infinito espaço
infinito tempo

Se é infinito não passa
Se não passa não é tempo
Passatempo
O tempo não é tempo
Ele só é porque nele acreditamos
e dele vivemos.


Sem o tempo
Nos tornamos eternos
e deixamos de ser humanos
seres humanos
Para sermos infinito


No infinito não há espaço
Sem espaço não há volume
Sem espaço não há forma
Sem forma e volume
O que somos?

Espíritos?
Luz?
Energia?
Partes de Deus?
Deus?
Nada?
Ou apenas consciência?

domingo, outubro 23, 2005

Olhos

Olhar a vida
Olhar a alma
Olhar o ser

Não só olhar mas "estar em" também.
Não só estar mas ser também.

Somos (ou não) parte (ou todo) do que vivemos e experenciamos durante o decorrer da nossa vida (ou não vida).
Bem se eu penso assim, pra este pensamento creio eu que para se ser mais, não algo superior mas apensas com mais vivências/experiências, precisamos viver mais.
Viver mais não no sentido de fazer mais coisas, ir a mais lugares, conhecer mais pessoas. Mas viver mais no sentido de estar aberta(o) a coisas novas, diferentes do seu cotidiano natural.
Simplesmente o sair da rotina, do dia a dia que muitas vezes é repetitivo não porque você quer que seja, mas porque todo o locus social no qual nasceu, cresceu e vive hoje determinou que o seja.
Vencer esse cotidiano, superá-lo diariamente é um romper com o status social no qual se habituou e, muitas vezes romper com a propria siciedade da qual faz parte e viver num mundo paralelo. Mundo este dificil de ser sustentando quando se conflita a cada segundo com o locus social do qual se separou.
É mais facil para os viventes romper apenas momentaneamente com esse locus social, pela simples vivência do novo. Mas depois de experenciado o rompimento, se retoma o cotidiano no minuto seguinte ao fim da experiência ruptora.
A experiência não é negada, ela é lembrada e reavivada e isso não impede que se rompa novamente com o locus social. Mas o que não se faz, ou que é difícil realizar é uma ruptura constante e total.
Talvez quem faça ou alcance tal feito seja taxado por esse locus como louco, como um ser não social, selvagem, medíocre, mendingo. Quem sabe estes não sejam os que realmente vivem, mas só não se beneficiem disto porque o locus social prefira não viver e ser somente COTIDIANO.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Frases e Pensamentos

Que permeiam minha vida, meus pensamentos, minha história.

Prefiro a verdade que dói a mentira que corrói.
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Ao passado, lembranças serão dadas,
Ao presente, momentos serão vividos,
E ao futuro, bem, ao futuro,
Serão dados sonhos e esperanças.

segunda-feira, outubro 17, 2005

O que ser?


Me perco nas linhas da minha vida, buscando algo que não sei enxergar.
Busco a essencia que me move, que me dá vida. Ela deve existir, está em mim, eu sei.
O que sou? O que quero ser?
Ser um ser que não quer ser somente um ser,
Mas ser um ser que quer ser simplesmente o que é.